Independente de quantos livros lemos, vamos errar e isso acontece por um simples motivo: somos humanos.
Estamos sempre querendo falar e dar nossa opinião, mas existem momentos que pedem que a gente pare e ouça, como por exemplo os momentos de crise dos nossos filhos.
Podemos usar mais da comunicação não verbal, como abraçar, sorrir ou oferecer um olhar empático. Quando a criança estiver mais calma, aí sim, podemos falar para ajudá-la a refletir sobre o ocorrido.
Focamos demais no comportamento como um problema que deve ser combatido. Isso significa olhar para a ponta do iceberg. Existe uma gama enorme de sentimentos e necessidades por trás disso.
(E NÃO NO QUE ESTÁ POR TRÁS DELE)
Quais sensações estão acontecendo ali e são difíceis demais para eles lidarem? Que necessidades não foram atendidas, e que eles não sabem como pedir ajuda de uma maneira socialmente aceitável?
Sabe quando os nossos filhos têm uma crise e nós acabamos diminuindo a reação deles? Não temos a intenção, mas muitas vezes passamos a mensagem de que só estamos interessados em tê-los por perto quando eles estão bem e felizes.
Precisamos passar a mensagem de que eles são amados e aceitos até nos piores momentos deles. E nós podemos dizer “não” para os comportamentos, mas ainda assim dizer “sim” para os sentimentos que eles expressam.
Do alto da nossa autoridade inabalável, reconhecer que erramos e pedir desculpas é algo inaceitável. Mas fazer isso é uma das maneiras mais eficazes de ensinar nossos filhos sobre como reparar erros.
Quando reparamos os danos que causamos nas relações com os nossos filhos, oferecemos para eles a oportunidade de aproveitar uma relação muito mais real e significativa ao longo da vida.
Nós esperamos que vamos ser os melhores educadores dos nossos filhos, sempre disciplinando da melhor maneira possível, mas não existe a melhor maneira possível. Existe a nossa maneira, que é a melhor que podemos oferecer.
Contanto que continuemos amando nossos filhos e reparando os erros que cometemos aqui e ali, nossa vivência com eles será positiva a longo prazo.
Não se trata de buscar uma parentalidade infalível, mas sim, de abraçar a nossa humanidade, de ter a capacidade de pedir desculpas e de reparar nossas relações com os nossos filhos.
Educação parental Criação com apego Disciplina positiva
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