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Adoção: Aguardando a Chegada do Filho de Uma Forma Diferente

"Quando você é um pai adotivo, como é o processo de adoção? Em que momentos existem semelhanças ou diferenças de uma gestação biológica? Nesse relato forte e sensível, temos a oportunidade de entender como é para um pai aguardar a chegada de seu filho adotivo."

Nesse mundo da paternidade e maternidade existem muitas perguntas, e uma delas é: porque só existem grupos de mães? Você pode até encontrar grupos com pais e mães, mas é uma raridade encontrar grupos de apoio virtual para pais. Mas grupos de verdade, não aqueles grupos para falar de política e compartilhar pornografia.

Durante a gravação de um dos episódios do podcast Tricô de Pais, percebi isso e assumi um compromisso, o de criar um grupo assim. Foi desse jeito que ele nasceu, lá no Telegram, aquele app de mensagens que é tipo o WhatsApp, só que melhor.

O grupo é apenas para pais homens, e é aberto para quem quiser participar: Paternidade Supimpa. Se você ainda não entrou, corre lá que vale a pena.

É um grupo lindo, onde você encontra pais pedindo ajuda sobre doenças e desfralde, tirando dúvidas sobre alimentação dos filhos, desabafando sobre seus problemas pessoas e de relacionamento, ou até mesmo compartilhando promoções de fraldas. De vez em quando, tem até umas fotos de bebês recém-nascidos, dos pais que estavam já participando do grupo de apoio durante a gestação!

Bem, isso tudo foi para dar uma ideia a você de como eu conheci um pai muito especial, o Wagner Yamuto. Ele é pai adotivo e toca o site Adoção Brasil. Nós até gravamos um episódio do podcast Tricô de Pais sobre adoção com ele, e recomendo muito que você ouça!

Foi, então, numa dessas manhãs de chat movimentado, com pais comentando sobre a espera para o nascimento dos seus filhos, que o Wagner faz esse depoimento tão sensível, que precisei compartilhar com vocês. Nesse relato forte e sensível, temos a oportunidade de entender como é para um pai aguardar a chegada de seu filho adotivo.

 


Acompanho o grupo do Telegram mais como leitor, e gostaria de compartilhar que a gestação da minha esposa e a minha já passaram das 52 semanas e ainda estamos na espera da nossa princesinha.

Enquanto eu vejo vocês comentarem sobre exames (ultrasom), entre outras situações que envolvem a gestação, gostaria também de compartilhar que em nosso caso é um pouco diferente. Por exemplo, o nosso ultrassom é um documento do fórum com o andamento do processo.

É possível, mesmo que à distância, vivenciar a ansiedade, os medos e dúvidas que fazem parte destas gestações e posso garantir que conosco os sentimentos não são diferentes.

Sabe aquele famoso teste de gravidez de farmácia? Também tivemos o nosso, mas em vez dos tracinhos indicando a gravidez, tivemos uma sentença assinada por um juiz onde enunciava que, a partir daquele momento, nossa gestação estaria começando. Enfim, estamos grávidos \o/

Enquanto muitos de vocês estavam concebendo uma nova vida de maneira romântica, provavelmente após um belo jantar ou um cineminha, tipo aquelas cenas de filmes. Minha esposa e eu estávamos passando por entrevistas com assistentes sociais e psicólogos.

O mais interessante é que, depois que o filho chega, a ansiedade, os medos e dúvidas são as mesmas, a diferença ficou apenas na gestação.

Quanto tempo ainda falta? Não sei.

Ainda assim, minha esposa e eu continuamos a curtir nosso filho e nossa nova gestação.

Thiago Queiroz

Thiago Queiroz

Psicanalista, pai de quatro filhos, escritor, palestrante, educador parental, host dos podcasts Tricô e Pausa pra Sentir (dentre outros), autor dos livros "Queridos Adultos", "Abrace seu Filho", "A Armadura de Bertô" e "Cartinhas para meu pai", participou também do documentário internacional "Dads".

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