(traduzido e adaptado por Thiago Queiroz, da versão inglesa, link original)
Por Ally Bruschi – Uma nova tendência conhecida por baby-led weaning dá aos bebês controle sobre as suas próprias dietas na esperança de reduzir as chances de obesidade no futuro.
Um estudo recente publicado na JAMA Pediatrics sugere que as chances de uma criança desenvolver diabetes do Tipo II pode ter relação com a introdução de sólidos quando bebê. Isto chamou a atenção à questão de quando os pais devem ajudar seus filhos com a transição para ingestão de alimentos sólidos e quem deve controlar o processo.
O método tradicional de transição de uma dieta completamente líquida para a inclusão de sólidos em bebês consiste em oferecer alimentos suaves em forma de papinhas através de colheres. A nova direção em baby led weaning rejeita este método e sugere, ao invés disso, que os pais deem aos filhos controle sobre o que entra na boca deles.
Aqueles que advocam a favor do baby-led weaning alegam que este método permite “brincar e explorar”, e ajuda as crianças a desenvolverem uma melhor auto-regulação de entrada de alimentos.
Um estudo publicado na BMJ Open sugeriu que esta forma de desmame pode reduzir a ansiedade materna e promover preferências alimentares saudáveis, que poderiam ter um impacto positivo e duradouro no peso das crianças. O estudo encontrou que bebês que foram dados a oportunidade de se alimentarem por conta própria mostraram um melhor gosto por todos os grupos de alimentos do que bebês alimentados por colheres mostraram.
Os céticos observam, todavia, que o estudo incluiu apenas 155 participantes e se baseou fortemente nas memórias das mães sobre a experiência de seus filhos com a iniciação de sólidos.
Uma tendência que dá às crianças maior autonomia mais cedo e aos pais um pouco de menos tempo na cozinha pode ser um método a se considerar. Os pais devem manter em mente, no entanto, que baby-led weaning ainda necessita de supervisão e orientação dos pais, e que pode não ser adequado a todos os bebês.