Que jogo brilhante, meus amigos e minhas amigas. Nosso status atual aqui em casa é que estamos fascinados por O Cerco de Runedar, um jogo cooperativo, bem desafiador, e completamente imersivo.
Esse é um jogo daqueles simples de ensinar, mas difícil de dominar, porque envolve mesmo muita estratégia em grupo. Nele, somos anões lutando contra orcs, trolls e goblins para proteger nosso tesouro em nossa fortaleza, dentro de uma montanha. Detalhe: a própria caixa do jogo representa lindamente essa montanha e suas câmaras internas.
Enquanto defendemos nosso tesouro, precisamos escavar o túnel de fuga para conseguirmos escapar com algum ouro e, então, vencer o jogo. Como todo jogo cooperativo de respeito, é uma forma de ganhar, mas várias formas de perder. Se todas as suas pepitas de ouro acabarem, perdemos. Se todos os trolls aparecerem, perdemos. Se todos os orcs entrarem, perdemos. Se todas as cartas de cerco forem reveladas, perdemos. Se todas as cartas de catapultas forem ativadas, perdemos.
Apesar do desafio, é um excelente jogo de deckbuilding para apresentar a novos jogadores, porque a mecânica é fácil de entender. Você usa suas cartas para trabalhar em melhorias, que permitem upgrades nas suas cartas, ou de seus amigos, mas também usa essas cartas para lutar contra os inimigos e também para escavar o túnel de fuga.
A partida vai ficando mais intensa, desafiadora e desesperadora no decorrer dos turnos, e tudo é feito de forma a nos deixar com uma sensação de que o tempo está correndo (mesmo que não haja cronômetros envolvidos), com cada vez mais inimigos invadindo a fortaleza.
Até o momento, não vencemos ainda o jogo, perdemos todas as vezes, mesmo no modo mais fácil, mas esse é definitivamente um jogo em que você perde e já quer jogar de novo para testar novas estratégias com seus amigos – filhos, no meu caso.
Um jogo que dá até para envolver crianças de 6 anos, na minha opinião, e que brilha em qualquer mesa. Jogaço de Reiner Knizia!