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Criação com Apego: Aquele Resumo Que Você Sempre Quis

"Tudo o que você sempre quis saber sobre a Criação com Apego em um texto só! Resolvi fazer um grande resumo com as informações essenciais sobre cada um dos princípios da Criação com Apego. Para os leitores novos, ou para quem ainda não conhece esse estilo de criação, esse post também será um ótimo..."

Se você já acompanha o meu blog, sabe que eu falo bastante sobre criação com apego. Muitos dirão que eu só falo sobre criação com apego. E isso é verdade. Mas mesmo escrevendo muito sobre isso, eu tenho ideia de como pode ser confuso tentar ler tudo ou entender tudo o que existe por trás da criação com apego. Por exemplo, existem os oito princípios, que funcionam mais como ferramentas que auxiliam na formação de vínculos entre pais e bebês, mas ler todos os textos sobre cada um destes princípios é trabalhoso e, para alguns, até entediante.

Eu entendo, é muita coisa mesmo. Mas isso é algo bom, porque se criação com apego fosse algo tão simples, logo, logo, o assunto ia acabar e eu teria que escrever sobre outra coisa aqui no blog. Talvez gatos. Ou vídeo-game. Mas não! Criação com apego é bem mais complexo, e sempre há algo para refletir sobre, e por isso que eu resolvi fazer um grande resumo com as informações essenciais sobre cada um dos princípios da criação com apego. Para os leitores novos, ou para quem ainda não conhece esse estilo de criação, esse post também será um ótimo ponto de partida.

E, antes de começarmos, só mais um aviso: como este texto é um grande resumo de tudo o que é proposto em termos de criação com apego, muitos detalhes ficaram de fora. Então, se você quiser se aprofundar, eu recomendo ler a tradução dos Oito Princípios da Criação com Apego.

Criação com Apego: uma introdução muito breve

Criação com apego é um termo dado a um conjunto de ferramentas que ajudam os pais a criar vínculos com seus filhos, através do atendimento consistente e amoroso das necessidades do bebê. Esse é o carro chefe, mas no caminho, você acaba ensinando ao seu filho valiosas lições para toda a vida, como empatia e compaixão.

É bom chamar os princípios de ferramentas, porque aí desassocia a falsa impressão de que é preciso seguir todos os princípios para criar com apego. Imagine a criação com apego como uma grande caixa de ferramentas: você avalia cada uma delas e escolhe as que melhor se adequam à sua necessidade.

E pense também que o objetivo principal aqui é auxiliar a criação de um vínculo de apego seguro entre pais e filhos. Para isso, todos têm que estar receptivos emocionalmente para se dar com o coração. Enquanto que para os pais, isso pode requerer uma certa disponibilidade emocional, para os bebês é uma questão de sobrevivência: eles têm uma necessidade real de vínculo, para se orientarem e crescerem.

1. Preparando para a Gestação, Nascimento e Criação

Este é o começo de tudo, literalmente. E, por isso, é uma parte tão importante na criação com apego. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, este princípio não trata apenas de buscar um parto natural, pois ele abrange muitas coisas que vão além disso. Eu sempre gosto de encarar este princípio como o primeiro passo na criação de um vínculo forte com os nossos filhos, então é importante refletir sobre esses pontos.

  • Reflita e tente resolver questões sobre a sua própria infância, procurando ajuda profissional se for preciso
  • Estude e explore as diferentes filosofias de criação
  • Avalie as diferentes opções de parto e cobertura de planos de saúde, para que você possa se planejar
  • Estude sobre o parto natural, sabendo que além das vantagens indiscutíveis para a saúde da mãe e do bebê, o parto é extremamente benéfico para a construção do apego
  • Estude sobre a amamentação
  • Tente permanecer fisicamente ativa durante o parto
  • Pesquise sobre as “rotinas” para cuidados com o recém-nascido como banho, circuncisão, colírios, exames de sangue, coleta de sangue do cordão umbilical, etc. Registre as suas preferências e informe aos profissionais de saúde que assistirão você
  • Considere uma doula para o parto e/ou pós-parto
  • Defina expectativas realistas para ambos pais e bebê
  • Sempre converse com o seu parceiro(a) e discuta as possibilidades
  • Seja flexível!

2. Alimentando com Amor e Respeito

A construção de vínculos fortes através da alimentação é algo que podemos carregar para a vida toda, por isso que este princípio é tão importante. Não se trata apenas de amamentar os filhos, mas também da alimentação consciente dos filhos e do uso dos momentos da refeição como momentos de união com a família.

  • A amamentação é uma das maneiras mais primitivas que uma mãe pode iniciar um vínculo de apego seguro com seu bebê
  • A amamentação satisfaz as necessidades nutricionais e emocionais do bebê melhor do que qualquer outro método de alimentação infantil
  • Alimente o bebê assim que ele der sinais, ou seja, em livre demanda
  • Amamentar continua a ser normal e importante tanto nutricional, imunologica e emocionalmente após um ano
  • Amamentar é uma ferramenta valiosa para a mãe dar conforto e segurança ao bebê, de maneira natural, inclusive para atender às necessidades de sucção do bebê

 

  • Antes de optar por usar mamadeira e chupeta, informe-se sobre os problemas potenciais que existem no desenvolvimento do bebê com o uso de bicos artificiais
  • Enquanto o bebê estiver sendo amamentado, bicos artificiais também podem provocar confusão de bicos e prejudicar a amamentação
  • Avalie alternativas ao uso de mamadeira e chupeta, como copinho, sonda, entre outros
  • Mesmo quando a mãe não pode amamentar, é importante para o vínculo reservar a alimentação apenas pela mãe
  • Associe o uso da mamadeira e da chupeta com o colo e atenção exclusiva ao bebê, para que não se tornem objetos de transição

 

  • Comece a introdução aos sólidos quando o bebê der sinais de que está pronto, e não com base na idade
  • Siga os sinais que o bebê dá sobre o que e quanto comer, deixe-o desenvolver seu paladar naturalmente
  • O alimento gradualmente toma o lugar do leite em termos de necessidade calórica, mas amamentar continua a atender muitas outras necessidades, como conforto e desenvolvimento
  • Se a você precisar desmamar antes que o filho dê sinais de que está pronto, faça isso gentilmente

3. Respondendo com Sensibilidade

Este é o coração de toda a criação com apego, pois tudo se resume a estar sensível ao bebê. A sensibilidade na resposta às necessidades do bebê são a base de um vínculo de apego seguro, pois é onde os valores de empatia e compaixão são aplicados no dia a dia. Muitas vezes, você receberá conselhos não solicitados e prejudiciais, alegando que o que praticamos irá mimar o bebê, mas é importante termos sempre em mente que estes conselhos não têm fundamento científico algum.

  • O cérebro dos bebês é muito imaturo e subdesenvolvido no nascimento, por isso eles não são capazes de se acalmar ou dormir sozinhos
  • Entenda os ritmos internos e rotinas naturais do seu bebê, e tente se ajeitar ao redor deles
  • É perfeitamente normal que bebês queiram contato físico constantemente, bebês sentem-se seguros no colo
  • Quando o bebê é deixado chorando durante muito tempo e frequentemente, seu cérebro atinge altos níveis de stress com liberação de hormônios a níveis alarmantes. Isto pode colocá-lo em risco de passar por problemas físicos e emocionais a longo prazo
  • O choro do bebê é a forma mais primitiva e verdadeira de comunicação, então não deveríamos ignorá-la

 

  • As explosões de raiva, também conhecidas por tantrums ou “birras”, representam emoções reais e devem ser levadas em conta seriamente, mesmo que os motivos pareçam “bobos” para nós
  • Algumas emoções são muito poderosas para o cérebro imaturo de uma criança lidar de uma maneira socialmente aceitável
  • Durante uma explosão de raiva, os pais ajudam mais se derem conforto ao filho, ao invés de ficar com raiva ou punir

 

  • Mesmo com o filho mais velho, é importante que a conexão seja mantida através do respeito aos sentimentos da criança, e tentando entender as necessidades por trás de seus comportamentos
  • Demonstre interesse nas atividades do seu filho e participe das brincadeiras criadas por ele

4. Usando o Contato Afetivo

Este é o princípio mais perceptível visualmente da criação com apego. Sempre que encontramos alguém carregando seu bebê em um sling ou num wrap, damos aquele sorriso, como se estivéssemos encontrando um semelhante no meio da multidão. Mesmo que apenas carregar o bebê num sling não garanta que a mãe (ou pai) esteja criando com apego, já é algo positivo para o bebê ficar tão próximo ao corpo do seu cuidador. Porém, este princípio não se resume a usar slings, há muito mais que pode ser feito para garantir um contato afetivo.

  • O contato afetivo estimula os hormônios de crescimento do bebê, melhora o desenvolvimento intelectual e motor, e ainda ajuda a regular a temperatura do corpo, batimentos cardíacos e padrões de sono
  • Os bebês que recebem contato afetivo têm mais chances de ganhar peso mais rápido, mamar melhor, chorar menos e serem mais calmos

 

  • Os momentos da amamentação e do banho oferecem ótimas oportunidades para o contato pele a pele
  • Massagens podem acalmar bebês com cólica, ajudar uma criança a relaxar antes de dormir e dá oportunidade para interações proveitosas
  • Carregar um bebê, ou usar o babywearing atende as necessidades do bebê de contato físico, conforto, segurança, estímulo e movimento
  • Evite o uso de dispositivos destinados a segurar o bebê sozinho, como balanço, pula-pula, carregadores plásticos e carrinhos

 

  • Mesmo com o filho mais velho, invista em abraços, aconchegos, carinhos nas costas e massagens. Todos estes atendem às necessidades de toque
  • Use brincadeiras e jogos para encorajar a proximidade física
  • Todos os seres humanos (incluindo adultos) desenvolvem-se com o toque e as conexões que ele promove

5. Garantindo um Sono Seguro, Física e Emocionalmente

Há um grande mito de que os bebês devem dormir a noite inteira, e isso acaba gerando frustração e ansiedade imensas nos pais, principalmente quando a primeira pergunta que todo mundo faz é: “o seu bebê já dorme a noite toda?”. Por isso que este princípio é tão importante, para que todos os pais tenham a certeza de que bebês não dormem a noite inteira, por uma questão de sobrevivência.

Bebês precisam da garantia de pais amáveis para sentir-se seguros durante a noite. Muitos bebês podem passar por fases onde dormem por longos períodos de tempo, mas isto não é regra e, mesmo assim, eles podem acordar ocasionalmente devido a pesadelos, dentição, doença ou saltos de crescimento. Os bebês são bastante sensíveis ao stress de seus pais, o que também pode afetar seus padrões de sono.

Portanto, técnicas como o “Nana Nenê”, que consistem em negligenciar as necessidades do bebê deixando-o chorar indeterminadamente, são tão prejudiciais para o desenvolvimento do bebê e para a criação do apego seguro. A única coisa que essas técnicas fazem é ensinar ao bebê que ele não pode mais contar com os cuidados de seus pais depois que o sol se põe, quando que nós deveríamos estar ensinando a eles que o sono é um estado agradável e que não deve ser temido.
  • Cosleeping é o termo dado aos pais que dormem próximos aos seus filhos. Isso inclui tanto dormir na mesma superfície (cama compartilhada), como dormir em superfícies diferentes (berço acoplado, moisés, etc.)
  • A cada dia, novas pesquisas demonstram que a cama compartilhada, quando praticada por pais informados, pode ser segura e benéfica
  • A Síndrome de Morte Súbita Infantil, segundo novos estudos, é reduzida por pais que praticam cosleeping seguro
  • Independente dos arranjos de sono, as rotinas noturnas ajudam todos a relaxar depois de um dia cansativo e criar hábitos de sono mais saudáveis
  • Tenha em mente que as rotinas de sono mudam ao longo do crescimento e amadurecimento do seu filho
  • Ajude o seu filho a aprender a confiar no seu próprio corpo quando ele estiver cansado, reconhecendo sinais de cansaço, e não forçando ele a dormir quando não estiver cansado, ou tentando mantê-lo acordado quando ele estiver cansado, só para cumprir uma rotina
  • Quando a hora chegar do seu filho fazer a transição para sua própria cama, faça com que a transição seja gentil e que os pais respondam aos sentimentos de medo ou tristeza que a criança possa sentir
  • Crianças mais velhas podem ainda apreciar um breve aconchego com seus pais antes de irem para a cama
  • Nem a criação com apego, nem a cama compartilhada precisam atrapalhar a intimidade do casal. Com um pouco de criatividade, incluindo momento e local certo, o casal pode garantir que a intimidade seja mantida

6. Provendo Cuidado Consistente e Amoroso

Este princípio costuma ser muito mal interpretado, pois trata da importância que a presença consistente de um cuidador amoroso tem para o desenvolvimento do bebê e para o vínculo de apego seguro. Muitas mães que precisam retornar ao trabalho sentem-se desamparadas por este princípio e sentem que não podem criar com apego se não largarem tudo e ficarem em casa, cuidando de seus bebês. Isto não é verdade.

Não há dúvidas de que bebês têm uma necessidade intensa da presença física de um cuidador amável, consistente e receptivo. Além disso, sabemos que a situação ideal é que esse cuidador seja dos pais, mas isso não é a realidade de muitas famílias. Porém, é importante saber que o cuidado diário e interações amorosas constroem fortes laços. Se o bebê recebe cuidado com amor desde o início da vida, os pais fortaleçem o relacionamento com seus filhos, construindo um vínculo de apego saudável. Mas, se nenhum dos pais pode ser um cuidador em tempo integral, então o bebê precisará de alguém que não seja apenas amoroso e consistente, mas alguém que tenha formado uma ligação com ele.

  • Tente criar maneiras para desenvolver novas rotinas que incluam o bebê, ao invés de tentar fazer com que ele se adeque a uma rotina que existia antes de sua chegada
  • Pense em levar o bebê dormindo para um encontro à noite, praticar exercícios como caminhadas com o bebê no sling, levar um cuidador de confiança junto para noites longas ou eventos especiais

 

  • Quando separações curtas são necessárias, use um cuidador de confiança que o bebê tenha vínculo e que concorde com a proposta da criação com apego
  • Respeite os sentimentos do seu filho e sobre estar pronto para a separação
  • Entenda que mesmo filhos mais velhos podem ter dificuldades com a separação, às vezes
  • É muito importante que os pais que se separam dos seus filhos usem um tempo dedicado para reconectar com seus filhos após a separação
  • Bebês ficam prontos para a separação em idades diferentes, mas pesquisas mostram que separações por períodos superiores a duas noites seguidas podem ser muito difíceis para crianças com menos de três anos de idade
  • A permanência em creches por períodos superiores a vinte horas por semana podem ser muito estressantes e prejudiciais à saúde do bebê, enquanto ela tiver menos do que trinta semanas de vida. É preferível que a criança esteja em casa, sob os cuidados de um dos pais ou cuidador de confiança

 

  • Os pais devem desejar e encorajar que seus filhos criem vínculos com seus cuidadores
  • Mudanças frequentes de cuidadores podem ser bastante danosas para o processo de criação de vínculos
  • Faça a transição para um cuidador com uma certa antecedência, antes de qualquer separação efetiva, para que o processo seja gradual e confortável para seu filho

7. Praticando a Disciplina Positiva

A disciplina positiva, para muitas mães e pais, é uma das partes mais desafiadoras da criação com apego, mas é um dos princípios mais libertadores e recompensadores, na minha opinião. Para começar, a disciplina positiva nos coloca numa posição (muito) desconfortável em relação à nossa própria infância, pois nos coloca a refletir e questionar a maneira como a maioria de nós fomos criados. Muitos de nós viveram a era da disciplina autoritária, punitiva e agressiva, mas agora somos convidados a pensar que existem maneiras mais amorosas e empáticas de se criar um filho.

A regra de ouro aqui é: tratar nossos filhos assim como nós gostaríamos de ser tratados. E a disciplina positiva, por si só, é um universo à parte com tantos livros, estudos e informações que seria impossível fazer um resumo perfeito.

  • Pôr medo nos filhos não tem nenhum propósito e cria sentimentos de vergonha e humilhação. O medo é um fator que eleva o risco de comportamento anti-social no futuro, incluindo a prática de crimes e abuso de substâncias
  • Estudos mostram que bater ou aplicar outras técnicas de disciplina física podem criar problemas emocionais e comportamentais
  • A disciplina dura e física ensina aos filhos que a violência é a única maneira de resolver problemas
  • Disciplinas controladoras, ou manipuladoras, comprometem a confiança entre pais e filhos, prejudicando os vínculos

 

  • A disciplina positiva envolve o uso de técnicas como prevenção, distração, e substituição para guiar gentilmente os filhos para longe do perigo
  • Ajude seu filho a explorar com segurança, vendo o mundo através de seus olhos, e demonstrando empatia enquanto ele experimenta as consequências naturais de seus atos
  • Tente entender a necessidade por trás de um determinado comportamento do seu filho. Eles frequentemente demonstram seus sentimentos através do comportamento
  • Os filhos aprendem através de exemplos, então é importante esforçar-se para oferecer um modelo com ações e relacionamentos positivos
  • Quando os pais reagem de uma maneira que sentimentos de tensão, raiva ou mágoa são criadas, eles podem reparar todos os danos na relação, desde que dediquem tempo para reconectar e pedir desculpas

 

  • Use a empatia e o respeito
  • Entenda a necessidade não atendida
  • Trabalhe em conjunto para obter soluções
  • Crie um ambiente que propicie o “sim”
  • Evite dar nomes e apelidos
  • Faça pedidos usando afirmativas
  • Converse com o seu filho, antes de intervir
  • Não obrigue seu filho a pedir desculpas
  • Ofereça escolhas
  • Seja sensível a fortes emoções

8. Mantendo o Equilíbrio entre a Vida Pessoal e Familiar

Este é o princípio que é “esquecido” com mais frequência. Muitas vezes, estamos tão imersos na criação de nossos filhos, tão imersos em nossos problemas e dificuldades que nos esquecemos do equilíbrio. Nós esquecemos que nós mesmos temos as nossas necessidades. No mundo ideal, toda a família tem suas necessidades reconhecidas, valorizadas e atendidas, mas isso não é o que acontece no mundo real. Por isso que é tão importante ter sempre ali, no topo da cabeça, esse pequeno lembrete de que as necessidades de todos são importantes e devem ser atendidas sempre que possível.

  • Quando em equilíbrio, os membros da família são mais capazes de ser emocionalmente compreensíveis
  • A melhor defesa contra sentir-se isolado é olhar para fora e criar uma rede de suporte na sua comunidade
  • As necessidades dos filhos devem ser uma prioridade, e quanto mais jovem o bebê, mais intensas e urgentes são suas necessidades. Mesmo assim, ele é uma parte daquilo que envolve a família como um todo, incluindo as necessidades dos pais (como indivíduos e como casal) e dos irmãos

 

  • Aproveite o hoje, e aceite o fato de que ter filhos muda as coisas
  • Trace metas realísticas
  • Priorize pessoas ao invés de coisas
  • Não tenha medo de dizer “não”
  • Seja criativo para encontrar maneiras de ter um tempo a dois
  • Reserve um tempo para si mesmo
  • Busque ajuda de terceiros para tarefas
  • Tire sonecas
  • Evite sobrecarregar sua agenda
  • Saia de casa
  • Cultive amizades com outros pais que pratiquem criação com apego
  • Lembre-se dos mantras “vai passar” e “é uma fase”
Thiago Queiroz

Thiago Queiroz

Psicanalista, pai de quatro filhos, escritor, palestrante, educador parental, host dos podcasts Tricô e Pausa pra Sentir (dentre outros), autor dos livros "Queridos Adultos", "Abrace seu Filho", "A Armadura de Bertô" e "Cartinhas para meu pai", participou também do documentário internacional "Dads".

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Comentários

76 comentários em “Criação com Apego: Aquele Resumo Que Você Sempre Quis”

  1. Flávia Alexandrino

    Tiago. Estou com o coração apertado. Grudada com meu bebê 24 horas literalmente e literalmente somos só eu e ele desde que ele tem um mês e meio ( quando o pai sofreu um acidente de moto). Nesse momento, sem a presença do pai na rotina do dia a dia pois o mesmo, por conta do acidente, está na casa de minha sogra se recuperando (vou para lá aos finais de semana), enquanto eu estou na casa da minha avó (que já tem 80 anos e não tem condições de me ajudar muito além de segurar meu filho de cinco meses no colo sentada no sofá por alguns minutos). O tempo está passando e está chegando a hora de começar a retomar responsabilidades acerca dos meus compromissos profissionais. A primeira necessidade de sair de casa e ficar longe do meu pequeno por um período prolongado ( o dia todo) será agora em março, ele estará para fazer sete meses (hoje tem cinco meses e mama exclusivamente). Será um curso de uma semana (segunda a sexta) de 09 a 19 horas. Já estou em cólicas imaginando o que farei em relação a meu filho…não tenho ideia e no fundo não queria ter que passar por essa “separação” e fazer com que de alguma forma ele sofra e chore pela sensação de abandono e a minha falta (eu, da mesma forma estou já sentindo falta e culpa). Com quem e como ele ficará, ou se deverei levar ele ao local do curso…como devo preparar ele e me preparar para essa primeira “separação”? Já estou sofrendo imaginando se ele vai sofrer e chorar a minha ausência por tantas horas…o que faço? Eu também não estou me sentindo preparada para isso, mas preciso fazer esse curso. Ou desisto do curso? ( Não acho que essa seria a opção de escolha, pois preciso retomar a minha vida profissional e retornar ao mercado de trabalho do qual eu estou afastada há cerca de um ano e meio pois estava estudando para concurso e de repente, engravidei…presente de Deus, o maior, mais especial e mais importante da minha vida…a maio razão da minha vida…A realidade atual, com um filho gera uma necessidade de prover muito maior…. Preciso trabalhar, preciso retomar a carreira de Fisioterapeuta e esse curso será o ponto de partida). Me ajude. Me oriente.

    1. Flávia, querida, imagino como deve ser angustiante para você ver o tempo passando rápido e esse momento de separação se aproximando. E todas essas dúvidas sobre como será só servem para fazer você sofrer ainda mais por antecipação, né? Penso que, dentre todos os desafios que você vive agora, seria muito importante buscar por ajuda como, por exemplo, alguém para lhe ajudar com a casa ou o seu filho, ou os dois. Sabemos que a sua avó de 80 anos não consegue fazer isso, então pode ser interessante buscar outra pessoa, ainda mais com seu parceiro debilitado. Quanto ao retorno ao trabalho, sei como é sofrido isso, e se a sua escolha é de retomar ao trabalho, a culpa só vai segurar você para trás. Tente focar em encontrar soluções boas para o seu filho, em termos de cuidado. Se ele vai ter uma babá, que você tente começar a buscar uma, para que ele se vincule a ela antes de você voltar a trabalhar. Se for uma creche, comece a buscar por opções que estejam alinhadas ao que você gostaria que seu filho fosse cuidado. Espero ter ajudado e desejo que os dias sejam mais serenos para vocês.

      1. Flávia Alexandrino

        Obrigada!!! Na verdade se eu pudesse me dedicaria com exclusividade ao meu filho até pelo menos os dois anos. Mas…a necessidade de trabalhar é iminente pois não tenho um marido que ” me assuma sem alegar ou reclamar”. O que pretendo fazer é trabalhar em meio turno apenas ou dois dias da semana. E ir levando com aquilo que é necessário (não precisamos de muito para vivermos não é verdade?). Esse curso na verdade será o ponto de partida para eu começar a buscar alguma coisa entende? Vou tentar empurrar isso ao máximo, mas preciso ter esse curso para pelo menos para facilitar que eu pegue dois turno em uma clínica ou algo assim. Ou que eu possa atender em minha casa, sei lá. O que você acha em relação à eu levar ele para o curso( é de 9:00 a 19:00). Ou vir almoçar em casa e levar ele só pela tarde? Ele é mais uma pessoa para ficar com ele, mas estarei perto de ele chorar. Acha positivo? Ou acha que estou exagerando? (Aqui em casa todo mundo me julga, me condena pela forma como lido com meu filho – crio com apego e a maioria me condena, me critica, me julga…até meu esposo às vezes. Depois que ele se acidentou, piorou pois ele na verdade queria que eu estivesse disponível para ele e não para nosso filho. É bem complicado.

        1. Flávia, que difícil viver assim, sem apoio e ainda sentindo-se julgada pelas suas escolhas. Torço para que isso mude ao longo da sua jornada. Quanto ao curso, acho que você é a melhor pessoa para responder às suas perguntas. Se você achar que dá para levá-lo ao curso, ou se quiser fazer um teste, faça! Mas se achar melhor ver seu filho na hora do almoço, tente também. Não existe resposta pronta para nada, ainda mais quando se tem filhos. Então, nesses casos, o ideal é ouvir o coração e o instinto!

  2. Thiago, tudo bem? Queria dizer que AMO seu blog! E tenho uma pergunta que gostaria de fazer a você, pai apegado.
    Tenho um bebê de 9 meses que ainda mama no peito, mesmo eu tendo voltado a trabalhar há 2 meses (orgulho!). Acontece que comigo ele só dorme mamando, ou até mesmo me chupetando, como dizem… rs Com a cuidadora ou o pai, dorme de outras formas, mas comigo apenas no peito (ele ama). Tenho 2 opções: seguir assim e curtir essa fase (confesso que adoro), ou treiná-lo para dormir sozinho (mesmo com toda a reclamação dele). Meu medo é criar um hábito de sono ruim pra ele, apenas isso. O pediatra diz que o ideal seria mudar isso para que acorde menos à noite (entre 1 e 3 vezes). Enfim, você pai apegado, qual sua opinião? Obrigada!!!

    1. Oi, Analigia, obrigado pelas suas palavras gentis!

      Então, seu bebê é ainda muito novinho. Isso significa que ele ainda vai mudar (e muito) seus padrões de sono, acredite em mim. O fato de que ele consegue dormir com o pai e outras cuidadoras é ótimo, mas imagino que, justamente por você passar o dia fora trabalhando, ele irá querer reconectar com você e matar as saudades de tudo, inclusive do peito.

      Além disso, métodos de treinamento de sono costumam ser prejudiciais porque não levam em consideração a individualidade dos bebês, muito menos suas necessidades, então se você quisesse mudar alguma coisa e não deixá-lo dormir no peito mais, que você pelo menos tente explorar com seu bebê novas formas de acalentá-lo e fazê-lo sentir-se seguro, entende?

      Mas de uma coisa pode você pode ter certeza: isso não vai virar hábito, não vai mal acostumar seu filho, até porque não existe adulto que dorme mamando no peito da mãe, né? Fique tranquila e siga seu coração!

  3. É incrível como somos vistos como permissivos e super protetores quando escolhemos a opção de criar com"apego". Meu filho tem 2 anos e 4 meses e consegue expressar seus sentimentos de forma clara, é inteligente e sensível. Recebo criticas ferrenhas da família por não fazer imposições a ele. Tudo e na base da explicação, distração e acordos. E não acho que ele esteja mal educado ou sem limites, porém confesso que dá trabalho e ele é bem argumentativo já. Esse ano resolvi colocar na escola por ter ouvido tanto que já era tarde e que ele iria ter prejuízos de socialização, pois ele não gosta muito de contato com crianças de sua idade. Ele teve o azar de levar um tapa e depois um empurrão quando tentei socializar com crianças em parquinhos. O triste é que as mães destas crianças que agrediram falaram que era culpa da creche. Então confesso que até eu fiquei com medo dessa tal creche, quem dirá meu filho! Eu trabalho fora, mas tenho o privilegio de ter uma jornada flexível e uma ótima babá. Fiz a opção de colocar na escola para trabalhar essa tal socialização, porém, depois dos 2 anos. Agora estamos ha mais de 2 meses na escola todos os dias com ele e ele diz que não quer ficar sozinho lá. Quando a babá está por perto, no campo de visão dele, ele brinca e se diverte com os outros da turma. E quando chega em casa me diz, mamãe não quero ficar sozinho na escola. Para mim está difícil pois a escola diz que é hora de fazer a separação e que ele pode estar inseguro. Eu que sempre respeitei o momento dele me sinto forçando a barra. queria esperar o momento e que ele me dissesse que estava pronto. Difícil..

  4. Quando falei para a pediatra que compartilhava cama com meu filho ela falou que não era para continuar, pois a criança não ia desenvolver autonomia, que ficaria muito dependente de mim… Sempre ouvi também sobre o colo, meu pai dizia muito "não dá muito colo pra esse guri", "chega de teta pra esse guri". Ontem na minha primeira reunião de mãe, as profes sugeriram que os pais não dessem muito colo para para os bebês, pois na creche elas não conseguem ficar com todos os bebês no colo. Eu fiquei em crise com a recomendação, falei que não tinha nada assim porque criei o Estevan no colo. Então a professora falou que se dá colo para a criança somente na hora certa! Como assim??? Qual é a hora certa de dar carinho? Colo é carinho! Bebê precisa de colo!! Com toda essa conversa, perguntei a auxiliar se o Estevan pedia muito colo. A resposta: Capaz, ele é super independente!

    1. Sara Fernandes Ferreira

      Eu estou passando exatamente por isso ! Fiquei muito triste pois na ultima consulta pediatra da minha menina mandou cortar o leite durante o dia e não dividir a cama, nossa como isso me doeu ! Ela falou como se eu fosse uma incompetente que não tem cuidado nenhum com seu filho… Agora eu vejo amor não estraga !

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