Escrever sobre festas de aniversário foi algo que nunca me ocorreu. Eu achava que não era necessário, e que não tinha muito a ver com o que eu escrevo aqui no blog, mas esse último aniversário do Dante me fez querer escrever, pelo fato de ter sido tão diferente. Então, mesmo que você não queira ler sobre festas infantis, fica que eu vou colocar umas fotos lindas pelo menos!
Ter um filho de 3 anos nos dá garantia de uma coisa: a garantia de que já fomos a muitas, muitas festas de aniversário infantis. Festas de todos os tipos, das mais grandiosas em buffets infantis às mais simples, na própria casa do aniversariante, como antigamente. Eu lembro que todos os meus aniversários eram na minha casa, e era muito divertido!
Não sei quando foi que a regra passou a ser que festas de aniversário deveriam ser em locais de festas cheios de brinquedos, luzes, músicas, e comidas pobres em valor nutricional. Talvez porque aniversários infantis passaram a ser eventos sociais, e deixaram de ser sobre a criança em si. De todo modo, esse era o tipo de festa que nós nunca pensamos em fazer, primeiro porque é muito caro e segundo porque a ideia não nos agrada tanto.
Eu sei que existe uma grande discussão por trás disso, que aborda temas importantes como consumismo infantil e sustentabilidade. Por outro lado, sei que existem pessoas que gostam desse tipo de festa e isso é o suficiente. Não sou eu nem ninguém que devemos falar como as festas dos outros devem ser, e é justamente por isso que eu gostaria de focar apenas na nossa experiência durante essa festa específica.
Dante acabou de fazer 3 anos, então essa foi a terceira festa dele. Porém, essa foi a primeira festa que nós realmente curtimos e não nos preocupamos com absolutamente nada. Quando falamos em não nos preocupar com uma festa, normalmente está implícito que você contratou tudo, até serviços de organização, para você não ter que pensar em nada, né? Pois é, mas foi exatamente o contrário: nós fizemos o mais simples possível e, justamente por isso, foi a festa que mais ficamos tranquilos: antes e depois dela!
Bem, a primeira festinha do Dante foi em um parque, mas era um parque que você precisava pagar para utilizar o lugar. Além disso, queríamos uma decoração linda, fotografia, e um buffet super saudável, cheio de opções. Ah, sim, não poderíamos esquecer da animação da festa, então um grupo lúdico bem bacana esteve presente para animar a festa.
Foi lindo? Nossa, demais! Mas foi caro para nós, por mais que ainda fosse mais barato que fazer a festa em um buffet infantil. Só que não foi só isso: foi muito, muito estressante. Estávamos preocupados com tudo, desde como chegaria a comida até se choveria no dia.
A festa de segundo ano dele já foi mais simples, mas ainda nos preocupamos com muitas coisas. Só que depois dela chegou o Gael e, junto do bebê, veio uma necessidade imensa de simplificar tudo, porque a vida já seria mais complexa com dois filhos. Começamos a pensar em como simplificar tudo, inclusive as festas de aniversário.
Foi então, na festa de 3 anos do Dante que decidimos simplificar tudo: convidaríamos somente as famílias com amigos e amigas próximos do Dante para uma festinha em um lugar aberto, na Reserva Florestal do Grajaú, aqui no Rio. Não pedimos presentes mas, ao invés disso, uma contribuição para o lanche coletivo.
O tema da festa? Na verdade, não tinha tema, era uma festa de aniversário numa floresta e só. Bem, a única coisa que tinha de tema eram as velas do bolo dele, porque o Dante ama piratas e fadas. Ele também ama dragões, então decidimos que Dante iria com uma fantasia de dragão-pirata, que uma amiga muito querida fez para ele.
De uma maneira geral, os únicos gastos que tivemos foram com o buffet do Delícias Maciel. Pedimos para a nossa amiga Tifani fazer um buffet de base, levando frutas, sucos e alguns sanduíches para que o resto dos convidados complementassem o lanche. Além disso, fotos! Pedimos à nossa amiga-irmã Maíra Matos para fotografar, porque fotos são muito importante para nós!
E pronto, não nos preocupamos com nada, nadinha. Os nossos amigos iam chegando, trazendo um lanchinho, e as crianças foram se espalhando por toda a reserva, brincando e se sujando. Foi tão bom ver aquilo, ver como pode ser mais simples, mais barato e até mais divertido! Eu ficava vendo aquilo tudo e a minha criança interior dando pulos de alegria, revivendo algo que já não vivia há muitos anos.
De repente, a reserva estava tomada de crianças correndo e brincando. Crianças não, fadas, piratas, abelhas, hobbits, mulher maravilha, leoas, e por aí vai.
Bem, é isso, não tenho muito a dizer além do fato de que, definitivamente, menos é mais. Essa foi a festa que mais aproveitamos e menos nos preocupamos com tudo. As coisas foram acontecendo e foi lindo! Sugiro você experimentar fazer algo assim, um dia. É libertador!
14 comentários em “Festas de Aniversário, Quando Menos é Mais”
Aqui em casa o primeiro aniversário foi realmente para a Família, ou seja, os adultos. Como eu quem cuido da Catarina, ele não tem amiguinhos da escola, e apenas os primos e filhos de amigos foram convidados. Como eram poucos menores de 2 anos (3 crianças contando a aniversariante), fiz um bolinho para os pequenos e o resto das comidas e bebidas eram para os adultos e primos maiores. Mesmo assim foi uma superprodução no salão de festas do prédio da vovó, com mesa de doces decorada por profissional, decoração feita por mim e pelas tias artesãs. Ela não entendeu muito, se divertiu com os primos e nós celebramos o primeiro ano de vida dela e o nosso como pais. Além dos doces, contratei fotógrafo profissional e garçon para servir. Achei desnecessário contratar alguém para brincar com as crianças, pois eram todos primos e no prédio havia balanços, uma quadra para jogar bola e eu levei uma barraquinha com bolinhas para os pequenos. Como era quinta-feira antes da páscoa, a festa foi no final da tarde, para que todos pudessem comparecer.
Para o segundo, também fizemos uma produção caseira, no salão de festas do condomínio da madrinha, que tem bastante espaço e playground para os maiores brincarem e mais uma vez não contratei monitor para brincadeiras. Sou da política que criança sabe se divertir sozinha. Usei a verba para contratar alguém para servir. Levei desenhos para colorir com o tema da festa, o personagem favorito da minha filha, minha cunhada forneceu as fantasias das crianças e todos se divertiram muito.
Investi nas lembrancinhas (feitas por mim e pelas tias citadas acima, todas em feltro), na comida e em um bolo decorado, para alegrar a mesa. Eu, meu marido e a madrinha decoramos tudo, montamos e a mesa de doces. Algumas comidas foram produção caseira e outras compradas. Havia só família e alguns amigos (a pequena ainda não vai para a escola).
Neste segundo aniversário ela se realizou, adorou o bolo decorado, brincou com todos os seus brinquedos que enfeitavam a mesa (eu fiz alguns dos personagens do desenho que ela gosta, porque o Pocoyo já é antigo e não existe muita coisa pronta). Ela ainda fala da festa com brilho nos olhos, o que fez todo o trabalho e investimento valer a pena.
Mas é sempre um trabalhão… Para o ano que vem, pretendo colocá-la na escola e a festa ou será na escolinha ou será alguma coisa apenas para as crianças. A data vai cair em dia de semana, e acho que um bolo em casa com os primos e família próxima vai alegrá-la e vai ser mais tranquilo. A idéia de um pic-nic participativo também me atrai, e pode ser feita no final de semana posterior à data e tenho certeza que será tão divertido quanto uma festa maiorzinha.
Também acho que festa de aniversário, depois da primeira, é para a criança. E quando ela já tiver idade o suficiente para escolher e se envolver na escolha de como quer comemorar, as festas se resumirão a reunir os melhores amigos e fazer alguma atividade divertida.
Eu lembro com muito carinho e alegria das festas que minha mãe fazia para mim, e de quando ela me deixava ajudar na preparação das coisas.
Também acho um pouco exagerada esse formato de festas que vemos hoje em dia, onde se gasta o que tem e o que não tem para fazer uma festa igual a de todo mundo, em um lugar impessoal e que não tem muita chance de personalização, em que as crianças são cuidadas por estranhos e os pais ficam sentados bebendo cerveja até a festa acabar.
Boa observação, João. E isso que você fez foi, sim, uma crítica. Só que não uma crítica ao meu trabalho, mas uma crítica à sociedade patriarcal machista. Sociedade essa que “diz” que o pai não precisa se envolver com esse tipo de assunto, ou que “mãe é quem cuida de filho”. O fato de eu, pai, estar escrevendo aqui e você, pai, estar comentando aqui, mesmo que em pequena quantidade, já mostra que estamos vivendo uma mudança na sociedade!
O engraçado é que indico seu blog para todos os “Paizinhos” e nunca para as mães! kkkkkkkkkkkkkkkk…
Essas festas são realmente as melhores! Eu acho que festa de criança no Brasil ficou tão comercial, e no fim tudo que a criança quer é correr, pular e brincar. Eu fiz a festa de 1 ano do meu filho no parquet também, foi bem cansativo porque resolvi cozinhar tudo sozinha pra oferecer só opções saudáveis e que os bbs pudessem comer sozinhos (se bem que o que fez sucesso mesmo foram os instrumentos musicais que eu fiz e os bbs podiam escolher o que quisessem e levar pra casa). Foi ótimo, mas tive muito trabalho, nas próximas quero simplificar ainda mais como vc fez. Como moro na Austrália, aqui buffet de festa megalomaníaca pra criança simplesmente não existe, o foco é total nos pequenos, mas ainda assim é difícil ir em festa que não tenha como comida só um bando de porcaria. Escrevi no meu blog sobre a festinha do meu filho, se quiser conhecer. 😉
http://awaywego-rumoaaustralia.blogspot.sg/2015/12/festa-de-aniversario-em-parque.html
Eu queria saber mesmo é onde encontrar essas velas lindaaas! hahahahaha…
A primeira festa do meu filho foi assim, no Jardim Botânico de Brasília. Cada convidado levou um lanche e algo para beber. Eu levei as coisas de base e o bolo. Eu e meu marido fizemos uns cataventos e saímos distribuindo até paras as crianças que já estavam lá pelo parque. Foi uma delícia, todo mundo adorou. A segunda foi festa em casa! Me estressei mais pq fiz uma festa só para a família e os abençoados não foram… Agora virá a terceira e ele quer uma festa de pirata! Vai ser em casa tbm! A caçula faz um ano em março e farei da Magali! Muita melancia e tá pronta a decoração! kkkkkkkk… Não animei ir para o parque pq em março chove bastante em Brasília!
Muito bacana seu texto! Acho que hoje em dia nós nos preocupamos mais do que deveríamos com algumas coisas…celebrar é muito importante mesmo, mas devemos nos perguntar o que realmente importa para o nossos filhos antes de fazer algo mirabolante só pq está na moda. Eu, particularmente, gosto da praticidade dos buffets mas o preço é muito caro então o primeiro ano do meu filho foi no salão de festa do apartamento…pros 2 anos dele ainda não decidimos mas eu queria algo neste estilo…parabéns pelo texto e pela festa!!!