Se você já passou por essa situação, receba meu abraço. É difícil demais, não é?
Se você ainda não passou, eu sinto informar que isso provavelmente vai acontecer em algum momento. O “Eu te odeio.” ou as variantes:
“Você é o pior pai/mãe do mundo.”
“Não gosto mais de você.”
“Não queria ser seu filho.”
Apesar de difícil, acredite: Não é pessoal.
Sabe quando estamos com muita raiva e falamos coisas que nem acreditamos, só para machucar o outro? É isso que acontece com os nossos filhos. Eles também passam por isso e sabem que colocar o amor deles à prova é uma forma de nos atingir.
E isso não é sobre ser bom ou mau, é sobre um momento de descontrole. Significa que eles podem nos tratar dessa forma sempre? Claro que não. Assim como buscamos tratá-los com respeito, isso precisa ser recíproco. Então como lidar se/quando isso acontecer?
Primeiro se acalme e respire fundo. Seu filho está desregulado e precisa da sua ajuda para se acalmar. Lembra que não é pessoal? Pois é, não é!
Você pode dizer:
“Entendo que você está com raiva, chateado e que você pode ser mais gentil. Agora precisamos nos acalmar. Depois conversamos sobre isso.”
Em outro momento, quando estiverem tranquilos, podem conversar e explicar como se sentiu. É importante que ele saiba que está tudo bem sentir raiva mas que não pode descontar nas outras pessoas. Pode dizer o quanto ficou magoada mas que o ama incondicionalmente, mesmo discordando das suas atitudes.
Dependendo da idade, eles não vão conseguir refletir sobre isso na hora. Mas você pode aproveitar pra fazer dessa situação um momento de reparação e conexão entre vocês.
Não é fácil lidar com essa situação, por isso é tão importante termos empatia e lembrarmos das vezes que nos sentíamos assim com nossos pais. Só que agora temos a oportunidade de ensinarmos sobre os sentimentos sob a ótica do respeito e afeto.
Como eu sempre digo: Não é fácil mas vale a pena.
Com Carinho
Thiago Queiroz